O Centro de Memória - Unicamp (CMU), órgão vinculado à Reitoria da Universidade Estadual de Campinas, tem como missão captar, organizar, preservar e disponibilizar acervos documentais, sobretudo de Campinas e região, visando à produção e à disseminação de conhecimentos, assim como promover ações de caráter multidisciplinar para a pesquisa e a extensão relativas à questão da memória.
O recorte temático voltado para a história regional justifica-se, tendo-se em vista a potencialidade aberta ao usuário – não somente pesquisador acadêmico de diferentes níveis, mas a comunidade em geral – no sentido de ampliar as noções de tempo e de espaço, na relação direta com a de sujeito histórico e de relações sociais.
No que se refere ao conceito de tempo histórico, a contribuição diz respeito à articulação do tempo presente com dimensões do passado, em busca da construção de outros futuros; no que respeita à imagem de espaço, a oportunidade é de ressignificar, política e culturalmente, tal noção, permitindo a construção de pertencimentos culturais, nos quais os sujeitos são ativos.
Tal possibilidade é social e academicamente relevante, considerando-se, sobretudo, a tendência prevalecente de diluição e/ou esfacelamento destas noções – incluindo as noções de sujeitos e de relações sociais – tendência esta diretamente relacionada à sociedade globalizada de mercado, na sua conexão, por sua vez, com o avanço da modernidade tardia ou da pós-modernidade.
1972
A ideia da criação de um Centro de Memória na Unicamp surgiu com o Prof. Zeferino Vaz, idealizador e reitor da Unicamp, que contratou o prof. José Honório Rodrigues em 1972 para viabilizar o projeto.
1978
Contudo, a proposta não se concretizou e só voltou a ganhar força em 1978 quando o historiador e professor José Roberto do Amaral Lapa soube da iniciativa do Fórum de Campinas de descartar seus arquivos cartoriais. Diante desse fato foi estabelecido contato com o diretor do Fórum, na época o Dr. Roberto Teles Sampaio, solicitando que a documentação fosse enviada à Unicamp. Por falta de espaço adequado para abrigar tamanho volume de documentos (cerca de 50.000 processos), a transferência não se efetivou. Em novembro de 1983, as negociações foram retomadas e os juízes Edgard Cruz Coelho e Renato Gomes procuraram o Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti, então reitor da Unicamp, buscando, novamente, viabilizar a transferência da referida documentação, que só foi autorizada em 4 de março de 1985, mediante convênio e sob custódia.
Unicamp assina convênio para guardar documentos da comarca local e regional
Transferência de documentos da Comarca de Campinas para a Unicamp
O sonho da criação de um Centro de Memória da Unicamp é concretizado
CMU é inaugurado e contém documentos que contam a história de toda a região
Portaria GR 162/1985
José Roberto do Amaral Lapa é diretor do CMU
CMU transfere suas instalações para o prédio do Ciclo Básico
Acervo de João Falchi Trinca é adquirido pelo CMU
É criado o Laboratório de História Oral (LAHO), assumido por Olga von Simson
O panorama do Centro de Memória – Unicamp (CMU) após um ano de inauguração
Acervo de Bento Quirino é adquirido pelo CMU
Santa Casa doa acervo ao CMU
Revista Resgate é lançada
CMU abriga acervo de Grigori Ivanovich Langsdorff
CMU recebe do IAC acervo de fotografias que resgatam a memória paulista
Coleção Campiniana é iniciada pelo CMU
Jornal da Unicamp publica edição especial sobre o CMU
Acervo de Aristides Pedro da Silva é adquirido pelo CMU
Professor do IA doa cerca de 300 fotografias feitas pelo artista plástico Antonio Roseno de Lima
Família doa acervo de José Roberto do Amaral Lapa ao CMU